Paz e Guerra

Eu queria paz, ela queria guerra
Eu, calmaria. Ela, tempestade que berra.
Eu oferecia abrigo, um canto sereno,
Mas ela so queria caos, puro veneno.

Eu sonhava abrigo, um canto tranquilo,
Ela erguia muralhas no meio do caminho.
Não era maldade, talvez só defesa,
Mas toda tentativa virava aspereza.

Ela dizia que amor, era dor, era luta,
Que só sangra quem sente, teimosa não escuta,
Que o amor que aprendi, não deixava ferida,
Era ponte, era casa, era ternura destimida.

Enquanto eu plantava, meu jardim com calma,
Ela lançava picos d’aço, nas frestas da alma.
Mas, no silêncio que resta, do desencontro ameno,
Até escorpião se machuca, com seu próprio veneno.

Paz e Guerra

Paz e Guerra