A terra gira, o sol se põe,
No céu a lua já se impõe.
As estrelas brilham lá no alto,
Silêncio dança sobre o asfalto.
As sombras crescem pelo chão,
O vento traz recordação.
No peito, um sonho adormece,
Na noite escura, a paz floresce.
Eu também sou humano, não precisas disfarçar
essa dor no teu engano, esse medo de quebrar.
Há dor nesse sorriso, há medo no olhar,
uma dor que te pesa, esse medo de errar.
Eu também erro o passo, falho ao tentar,
fico preso no tempo, sem saber onde ancorar.
Mas aprendi que a dor também pode ensinar,
e que o amor, mesmo em ruínas, pode sempre recomeçar.
Carrego dores antigas, cicatrizes no olhar,
sei bem como é o silêncio, que insiste em sufocar.
Não escondas o cansaço,, nem finjas não fraquejar,
a força mais verdadeira, é saber-se a desabar.
Eu também sou humano, mesmo pó, mesmo ar
Vem, senta comigo, deixa o mundo esperar,
sem máscaras, sem pressa, só verbos ser e estar.
Porque eu também sou humano, não preciso disfarçar.